quinta-feira, 16 de junho de 2011

A CARTOMANTE

A CARTOMANTE

Numa sexta-feira de novembro de 2010, uma bela jovem muito apaixonada passeia pelas terras de seu pai, pensando em seu amado. Estas terras, e muitas terras de boa agricultura ficavam no interior de Independência, localizadas em Esquina Araújo, onde grandes granjeiros possuem suas propriedades. Isabel era filha de um homem muito rico, de grandes posses porém, seu pai nem sonhava que sua filha tinha um amor escondido e com um homem que era casado, esse homem havia ido muitas vezes á capital atrás de seus negócios e visitava Isabel, pois a mesma estudara lá na capital havia dois anos. Os dois se apaixonaram perdidamente e antes dela vir para casa de seu pai haviam se encontrado e fizeram juras de amor. Mas com medo do seu pai, Isabel propôs ao seu amor ficarem separados durante o período de férias de julho, onde permaneceria na casa de seu pai. Homero seu amor morava perto da propriedade de seu pai, era casado com Emília prima de Isabel.
            No primeiro final de semana das férias de julho teve um grande almoço na casa de Isabel, pai e filha estavam felizes, muitos parentes estavam presentes, inclusive Homero e Emília, a mãe de Isabel já havia falecido há muitos anos quando ela ainda era muito pequena. Neste almoço familiar, Isabel ficou perturbada com o carinho que Homero tratava a mulher, pareciam muito apaixonados, ele nem a olhou. Passaram-se uns dias, ela frustrada vai para Giruá a procura de uma mulher que era cartomante, ela estava decidida a saber mais sobre seu amor. Para o pai deu uma desculpa de que iria visitar uma amiga de faculdade que residia lá naquele município. Chegando lá suas mãos estavam trêmulas, suadas, seu coração batia descompassado, estava muito nervosa. Chegou sua vez, a mulher baixinha, grisalha e bem velha recebeu Isabel com um sorriso nos lábios. Então lhe pergunta a que motivo veio até ali. Isabel responde que quer saber do seu amor, se lhe é fiel, sincero as a ama de verdade. A mulher diz a ela que és muito amada, és correspondida que nada o separará, que vá para casa tranqüila e sossegada.
            Chegou em casa feliz e pensou em um meio de encontrar-se às escondidas com Homero para lhe contar o feito. Deu uma desculpa qualquer ao pai e foi visitar a prima, chegando lá Emília recebe ela muito contente pede que se sente e fique com ela, pois ela precisa de uma amiga para conversar. Diz a ela como sofre em não ter uma amiga para conversar, diz a prima desde que Isabel foi estudar na capital não teve nenhuma amiga pra conversar. Então conta-lhe que está com uma doença grave e que Homero sabe e está fazendo de tudo para que fique bem. Fala que ainda tem sorte de ter ele a seu lado, pois se não iria se matar pois seu câncer ainda n ao tem cura, chora muito e pede apoio a prima, pede que sempre a visite pois nessa hora as poucas amizades são as que valem. Encontra Homero na sala quando estava para partir, se cumprimentam friamente, disfarça e diz que veio fazer uma visita. Emília fica feliz e diz a Homero que contou sua doença a Isabel e que a prima virá mais vezes para visitá-la, se despedem e Isabel volta para casa.
            Ao chegar em casa chora, grita, se desespera e procura se acalmar, seu pai percebe a tristeza da filha, a mesma não quer conversar, chega o final das férias e Isabel parte para Porto Alegre. Os dias, meses se passam e Homero não aparece. Isabel se sente perdida, liga para o pai para saber se todos estão bem, pergunta da prima Emília, o pai diz que todos estão bem. Fica desnorteada, perdida, resolve ligar para o pai novamente para dizer que vai passar o feriadão em casa, o pai fica feliz.
            Isabel chega numa quarta-feira à noite em casa, o pai saudosíssimo a beija, pede como foram as aulas, Isabel disfarça e diz que tudo está certo. Na manhã seguinte dá de cara com Homero, os dois se olham, estão sozinhos, Isabel olha para os lados e pede porque está tratando ela assim, e as juras e as idas à capital. Homero diz que Emília melhorou muito e não precisa mais ir à Porto Alegre e que agora não poderá abandonar a esposa para ficar com ela, ainda mais ela estando ainda doente. Emília com os olhos emaranhados e trêmula, tira o revólver que havia escondido em sua roupa e dispara contra a sua própria cabeça. Homero tenta socorrê-la mas fica só com o sangue de sua amada.
           

Nenhum comentário:

Postar um comentário